O poder do Game Boy Avançado

O poder do Game Boy Avançado

O Game Boy Advance reinou soberano no início dos anos 2000. Console de sexta geração, foi lançado para suceder o Game Boy Color. A linha Game Boy foi um tremendo sucesso desde que foi lançada em 1989, potenciais concorrentes falharam miseravelmente em tentar conquistar espaço no mercado de consoles portáteis, dominado pela Nintendo. A Sega com o GameGear, que tinha tela colorida mas comia 6 pilhas em 3 horas, a SNK com o Neo Geo Pocket, que era um excelente portátil, superior ao game Boy Color, mas que falhou talvez em grande parte por falta de um bom marketing da SNK, e até a Atari com o Linx. A própria Nintendo fracassou ao lançar o Virtual Boy como um portátil. Sem um concorrente a altura o Game Boy foi imbatível durante os anos 90. Mais uma vez a Nintendo demonstrou que não é um super hardware com grandes saltos de inovação que faz um console ser bem-sucedido.

Ao chegar nos anos 2000, o Game Boy Avançado foi lançado, e tinha a missão de continuar o legado de sucesso da linha. Os hardwares dos PCs e dos consoles já haviam evoluído bastante. Os celulares já tinham se popularizado, mas ainda tinham poucas funções, diga-se ligar e mandar mensagens, e o GBA chegou com um hardware poderoso para um portátil e ainda sem nenhum concorrente à altura. O salto foi grande para própria linha Game Boy, e apesar de ser um novo console, ainda podia-se usar os cartuchos das versões anteriores, permitindo jogar toda a biblioteca do Game Boy Clássico e do Color, e sem trava de região. Outros concorrentes também tentaram penetrar o mercado durante os anos 2000 e ameaçar seu reinado. A Nokia é um exemplo de peso, com o N-Gage lançado em 2003. O hardware do N-Gage era melhor, e esse foi um dos primeiros híbridos de celular que permitia rodar jogos e aplicativos, mas sucumbiu diante de erros grotescos de design da Nokia, e um pouco de arrogância da fabricante, na minha opinião, e outros fatores também.

Game Gear: foto do acervo pessoal

O GBA vendeu mais de 80 milhões de unidades pelo mundo. No Brasil, a Gradiente fabricou e distribuiu as unidades do console. Seu sucesso se deu por muitos fatores, seu design, jogos e acessórios que expandiam a experiência do jogador, conexão multiplayer e conexão com o Game Cube. 3 modelos foram lançados, com destaque para o modelo SP, que vendeu mais de 30 milhões de unidades, tinha iluminação na tela e bateria ao invés de pilhas, mas não tinha entrada para fone de ouvido. O modelo Micro, lançado em 2005, é fantástico por conta do seu tamanho reduzido, ainda rodando os mesmos cartuchos, porém sem a retro compatibilidade do Clássico e do Color, e também possuindo uma bateria interna, de menos duração, mas que ainda assim faz valer a pena ter um e usá-lo.

O Game Boy Advance deixou de ser fabricado em 2006, após o lançamento do Nintendo DS, que teve um sucesso ainda maior, sendo retro compatível com os cartuchos de Game Boy Advance, mas não com os jogos do Color e do Classic, possuindo um segundo slot para os cartuchos de GBA que podia ser usado para alguns outros acessórios.

N-Gage QD: foto do acevo pessoal

Falar da história desse portátil não cabe em poucas palavras, pois a sua importância para o universo dos games, para a indústria e para os consumidores é imensurável. Falar dos jogos também merece uma outra postagem. Mas posso citar os portes dos jogos de SNES, como The Legend of Zelda: A Link to The Past, A trilogia Donkey Kong e o Super Mario World, que tiveram uma melhoria considerável no som e nos gráficos, já que o GBA tinha um processador de 32 bits e uma tela LCD capaz de exibir mais de 32 mil cores. E não só os portes ficaram excelentes, o GBA recebeu jogos exclusivos e fantásticos. Franquias da própria Nintendo, como Mario Kart Super Circuit, Metroid Fusion e The Legend of Zelda: Minish Cap. Jogos thirt party de franquias consagradas, como Mega Man, Castlevânia e franquias inéditas como Golden Sun. Não preciso nem comentar do sucesso de Pokémon, que continuou fazendo vender consoles como água.

O Game Boy Advance foi o sonho de consumo de muitas crianças e marmanjos no início dos anos 2000. Poder levar no bolso grandes jogos, que só podiam ser jogados nos PCs e nos consoles de mesa, era algo maravilhoso, mas não tão acessível naquela época, principalmente no Brasil. Em uma outra oportunidade, falarei mais sobre os jogos desse portátil, também rola um texto sobre os concorrentes, e ainda da linha toda do Game Boy, enfim, assunto é o que não falta.

fontes e links interessantes:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Game_Boy_Advance

Game Boy Advance – 7 Jogos Indispensáveis

http://www.techtudo.com.br/platb/jogos/2011/12/11/aposentadoria-gamer-game-boy-advance

Game boy advance Completa 15 anos

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